sábado, 9 de janeiro de 2010

Contrabando (Editorial do jornal O GLOBO)

A atmosfera de desconcentração, típica de fim de ano, levou a que, na solenidade de lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos, no dia 21 de dezembro, uma pajelança promovida pela esquerda do governo, o maior destaque fosse o novo penteado da ministra Dilma Rousseff, fotografada em público sem peruca.

Era a primeira aparição da ministra sem disfarçar efeitos da quimioterapia.

Em seguida, viria à tona o primeiro efeito deletério do programa: uma crise militar, com o pedido de demissão do ministro Nelson Jobim e dos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Com razão, pois, ao contrário do que fora negociado, o tal programa colocava (e coloca) uma cunha na Lei da Anistia para punir “torturadores”.

A anistia fora recíproca, negociada entre generais e a oposição no final da década de 70, mas sua revisão, como engendrado no governo pelos ministros Tarso Genro, Paulo Vannuchi e outras autoridades, não o será, caso a proposta revanchista tenha curso.

Ou seja, militares daqueles tempos são possíveis réus, mas não ex-guerrilheiros aboletados em altos cargos oficiais.

Lula conteve Jobim e comandantes com um aceno à revisão do texto que assinara e embarcou para descansar na Bahia. O caso precisa de um desfecho.

As repercussões indicavam que se trataria de mais um tiro n’água do núcleo de esquerda do governo.

Por inconstitucional, segundo juristas, e inconveniente do ponto de vista político - coloca o país na máquina do tempo e o projeta ao passado dos curtos-circuitos militares típicos de repúblicas bananeiras -, a iniciativa de Vannuchi, Tarso e cia. tendia a se esvaziar e, junto com ela, o Programa de Direitos Humanos.

Mas o programa é bem mais do que a criação de uma “Comissão da Verdade”, termo ao gosto dos regimes stalinistas e que denuncia o viés autoritário dos comissários que o idealizaram.

As 73 páginas, com 23 mil palavras, do “programa de direitos humanos” são, na verdade, uma plataforma de governo — e de um governo na contramão do que tem sido o de Lula, por sete anos e quase um mês.

Esta plataforma contrabandeada sob o disfarce de um “programa de direitos humanos” retoma o espírito do velho PT, do encontro nacional de dezembro de 2001, em Recife, quando o candidato Lula ainda se apresentava como aquele contrário a “tudo isso que aí está”.

Em meados da campanha, em 2002, porém, baixou o bom senso no candidato e em assessores próximos, e foi lançada a Carta ao Povo Brasileiro, pela qual Lula se comprometeu a respeitar as bases da economia de mercado e a não cometer desatinos como moratórias e confiscos. E deu certo.

O “programa de direitos humanos” propõe, além do fim unilateral da anistia, 27 leis, institui mais de 10 mil instâncias do tipo ouvidores, observatórios, e sempre na linha de vigilância do Estado sobre a sociedade.

E vai adiante: prevê a regulamentação da taxação de fortunas, o financiamento público de campanha, a reformulação da legislação dos planos de saúde, a fiscalização de “empresas transnacionais”, e, não poderia faltar, facilita a invasão de terras, atropelando a propriedade privada.

Este é outro aspecto grave do “programa de direitos humanos”: intervém em área do Poder Judiciário, para criar uma instância de mediação em conflitos agrários antes da ação do juiz.

É como se o núcleo de esquerda no governo, a 11 meses do fim da Era Lula, resolvesse esvaziar suas gavetas de projetos e incluí-los todos num mesmo texto.

A Secretaria de Direitos Humanos, na tentativa de defender o aleijão, justifica que todas as propostas vieram da “sociedade organizada”, elaboradas em inúmeros fóruns instalados em todo o país.

Tenta, assim, dar tinturas de legitimidade democrática à instituição de instrumentos de subjugação da nação ao Estado. Balela, esse sistema de consulta mobiliza apenas corporações e grupos de militantes com afinidades ideológicas, uma ínfima minoria num país de 190 milhões de habitantes.

É sempre um jogo de cartas marcadas. Outra proposta exótica é a montagem de um arcabouço de democracia direta, a joia da coroa da ideologia populista, demagógica do chavismo.

A defesa da democracia direta reflete a intenção de destruir o sistema de representação política, assentado na independência entre os Poderes, com a criação de um regime a ser conduzido caudilhescamente por um líder carismático todo-poderoso, manipulador das vontades ditas populares a serem expressas em plebiscitos e referendos.

Aposenta-se a democracia representativa, com seus pesos e contrapesos, funda-se o Estado unitário bolivariano, sem lugar para opositores.

Na crise militar, Lula confidenciou não ter lido o decreto do “programa” que assinara. De fato, se lesse veria que seu governo está sendo usado para um golpe via Legislativo, bem ao estilo chavista.

Tem agora a chance de salvar o governo de pelo menos uma grande trapalhada tragicômica. Cabe, ainda, destacar o papel da Casa Civil em todo o imbróglio.

Como nada chega à mesa do presidente sem o aval dessa instância, a candidata Dilma Rousseff tem o nome ligado à iniciativa.

Assim, mesmo que Lula mande engavetar os absurdos que assinou sem ler, o projeto chavista de governo será inevitável tema na campanha eleitoral, por ter sido avalizado pela ministra.

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Eu assino embaixo.

Corumbá

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Cientistas detectam resfriamento no norte da Antártida

O norte da Península Antártica vem se resfriando em tempos recentes. Dados meteorológicos da Estação  Antártica Comandante Ferraz (EACF), a base brasileira no continente gelado, indicam uma tendência de resfriamento de 0,6º C por década, nas temperaturas registradas nos últimos 14 anos. A Península Antártica, como um todo, é uma das regiões do planeta que mais se aqueceu no século 20, acumulando uma elevação de temperatura de 3º C.

"Infelizmente, não tenho um termômetro para medir as variações causadas por fenômenos naturais e outro, para a influência do homem", diz o pesquisador Alberto Setzer, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que é o coordenador do projeto de meteorologia em Ferraz, ao comentar o que o resfriamento recente poderia representar no debate sobre o aquecimento global. "Temos variações naturais que criam um ruído muito grande". Dados acumulados de 65 anos ainda indicam tendência de aquecimento, a despeito do resfriamento recente.

O cientista americano Marco Tedesco, do City College de Nova York, que estudou a relação entre fenômenos climáticos como o El Niño e o degelo na Antártida, lembra que ainda existem muito poucas informações sobre o continente, que começou a ser pesquisado há relativamente pouco tempo. Ele diz que, no Ártico, os sinais da mudança climática "são muito mais claros, e altamente significativos". "Na Antártida, as causas dos fenômenos climáticos são muito menos conhecidas".

Para 2010, Setzer espera um ano um pouco mais quente em Ferraz. "É difícil prever, mas se tivesse de chutar, diria que 2010 vai ficar na média das temperaturas, ou um pouco acima. É o que geralmente acontece, depois de um ano muito frio", diz ele. E 2009 foi excepcionalmente frio na EACF, com uma temperatura média de 2,6º C negativos. Neste século, apenas 2007 foi mais frio, com temperatura média de 3,1º C negativos.

Novembro teve a temperatura mais baixa para o mês em 11 anos, e dezembro, além de ter a terceira temperatura média mais baixa desde 2001, trouxe aos brasileiros que passaram lá o Natal e o ano-novo uma surpresa: neve, algo incomum para essa época do ano, de verão no hemisfério sul.

Segundo Heber Passos, o encarregado da estação meteorológica de Ferraz, e que ainda se encontra na Antártida, a neve foi o "destaque" do Natal. "Tivemos forte nevasca na noite de 25 e por todo o dia 26", disse ele, via e-mail. "A neve depositada na frente e no entorno da estação resistiu a 12 dias de temperaturas que superaram os 2º C positivos".

"Até boneco de neve do lado do mastro da bandeira fizemos", acrescenta o físico Luciano Marani, que está em Ferraz para cuidar do projeto de monitoramento da camada de ozônio, também do Inpe. Marani conta que também nevou no dia 31 inteiro. "Brinquei de escrever 'Feliz 2010' na rampa do heliponto", acrescenta.

enviado por Carlos Orsi, do estado.com.br

Corumbá

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O irresponsável fechamento do escritório da Funai em PE

Enviado em 06/01 por Júlio Ferreira, Recife-PE

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O SPI (Serviço de Proteção ao Índio) foi montado sob o tutela do Marechal Rondon, a partir de ideais humanitários. Em 1967, o órgão foi extinto, como ponto final de uma perseguição iniciada logo após o golpe de 1964, principalmente por conta da íntima ligação entre a maioria dos sertanistas do SPI com o etnólogo e antropólogo Darcy Ribeiro, “persona non grata" entre os golpistas. O SPI foi substituído pela FUNAI, ironicamente chamada, por todos que realmente conheciam a causa indígena, de "AFUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO". - Foto: WEB

Filho de um antigo sertanista do SPI (Serviço de Proteção aos Índios), órgão fundado pelo Marechal Rondon para preservar da integridade dos índios brasileiros, e que foi extinto em 1967, em plena ditadura militar, para que fosse aberta essa indecência burocrática chamada FUNAI (Fundação Nacional do Índio), testemunhei o sofrimento dos povos indígenas, massacrados, física, moral e culturalmente, em nome do progresso.

Agora, para comprovar que a FUNAI ainda não conseguiu implementar uma política indigenista minimamente decente, o presidente da República assinou, de forma irresponsável, no último dia 28 de dezembro, um decreto fechando o escritório da FUNAI em Pernambuco, sem levar em conta que este é o Estado que possui a maior população indígena do Nordeste, e a quarta do Brasil.

Se tendo um escritório da FUNAI no Recife as comunidades indígenas pernambucanas já viviam uma cruel situação de abandono, dá para imaginar o que acontecerá quando seus pleitos dependerem de gestores sediados em outros estados, e muitos deles completamente analfabetos em assuntos indígenas, por terem chegado ao cargo através de vergonhosos esquemas de apadrinhamentos políticos.

Vai ver, muitos dos atuais dirigentes da FUNAI, o mais próximo que já estiveram de uma aldeia indígena foi quando foram ao cinema, assistir filmes nos quais soldados da cavalaria norte-americana matavam "selvagens", sem dó nem piedade.

(julioferreira.net@gmail.com)

Corumbá

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Pai, perdoai! Eles não sabem o quer dizem...

Enviada por Ricardo Noblat:

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Engraçada certa parcela dos adoradores de Lula - e do PT. Reage a críticas a Lula e ao PT - até aí compreensível. 

Passou a reagir também a críticas a aliados de Lula ou do PT.

Ora, Lula montou uma coligação com 14 ou 16 partidos. Fora PSDB, DEM e PPS, os demais partidos fazem parte da coligação. Nunca antes na história deste país houve uma coligação tão poderosa.

Se você critica partido ou aliado de Lula e do PT, incorre em pecado mortal. Vai para o pelourinho. É execrado. Uma rede de blogs amigos de Lula, de Dilma, do PT começa a difamá-lo.

Na verdade querem suprimir o debate, a crítica livre, elementos essenciais do Estado democrático. E a desculpa é geralmente primária, surrada, tola, mesquinha. Os argumentos são toscos.

"Não estou defendendo Sérgio Cabral", escreveu aqui um leitor. "Defendo Lula e você critica Cabral porque ele apóia Lula". "Por que não diz que Serra estava na Bahia quando a chuva destruiu parte do patrimônio histórico de uma cidade paulista? Por que não diz que ele levou 72 horas para aparecer por lá?"

"E as vigas do Rodoanel que desabaram? Não vai falar nada?"

Um secretário de Cabral vai a Angra e constata: a situação é desesperadora.

Pergunto: tornou-se desesperadora da semana passada para cá? Ou sempre foi e aparentemente ninguém se deu conta?

Estão debochando!

As chuvas do fim de ano mataram 7 pessoas numa cidade paulista. Dá para comparar com a tragédia de Angra?

Cabral estava a 57 quilômetros de Angra onde morreram mais de 50 pessoas. Serra, no interior da Bahia há mais de 2 mil quilômetros de distância.

Ninguém morreu quando desabaram as vigas da Rodoanel. E o governador visitou o local no mesmo dia. Como visitou no mesmo dia o local onde o Airbus da TAM se espatifou.

("Êpa! Olha aí. O cara é mesmo serrista! Assumiu de vez.")

Pai, dê-me paciência!

Por mais que minhas tias velhas tenham me ensinado a ser paciente, há horas em que esqueço o que aprendi. Ou que desejo esquecer.

Corumbá

FAB opta por caças suecos

Publicado por Eliane Cantanhêde:

O caça francês Rafale, da empresa Dassault, ficou em terceiro e último lugar no relatório técnico que o Comando da Aeronáutica entregou ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre o projeto FX-2, de renovação da frota da FAB. O Gripen NG, da sueca Saab, ficou em primeiro lugar na avaliação, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, em segundo.

O resultado tende a gerar constrangimentos no governo e mais atrasos para a decisão final sobre o projeto de compra de 36 caças, ao contrapor a avaliação técnica da Aeronáutica pró-suecos à preferência política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da área diplomática pela oferta que foi apresentada pelos franceses.

A decisão pró-Rafale chegou a ser anunciada em nota conjunta assinada pelos presidentes Lula e Nicolas Sarkozy, em setembro passado, mas o governo brasileiro recuou depois da repercussão negativa na FAB e entre os concorrentes, já que a avaliação técnica nem sequer havia sido concluída.

Agora, o governo está num impasse: ou passa por cima do relatório da FAB e fica com os Rafale, ou desagrada o governo francês e opta pelo Gripen NG. Formalmente, o presidente Lula está liberado para escolher qualquer um dos três.

Corumbá

domingo, 3 de janeiro de 2010

Muito além da lógica

Mary Zaidan é jornalista. Trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de São Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes.

Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa'.

Esse artigo nos foi enviado por ela:

Daqui a exatos 10 meses, mais de 130 milhões de brasileiros irão às urnas para eleger o 36º presidente da República e, até o dia 3 de outubro, será elaborado e consumido todo tipo de teses e prognósticos sobre as variáveis do quadro sucessório, como se eleição obedecesse a alguma lógica.

E não faltam elementos para elucubrações, a maior parte deles hoje favorável ao presidente Lula. Sem descer um só dia do palanque desde 1989, ele usa e abusa de seu impressionante carisma e popularidade em prol de sua candidata Dilma Rousseff.

A ministra, que em tudo depende de seu patrono, pois jamais disputou uma eleição - nem mesmo para síndica, dizem as más línguas – é perfeita para o papel.

Conta em favor de Lula um PT servil e um PSDB que prefere insistir em digladiar entre seus pares, ora em disputas fratricidas, ora em questiúnculas, como a data ideal para lançar o seu agora único candidato.

Até a sua ex-ministra de Meio Ambiente Marina Silva tem contribuído. Fez muito barulho ao trocar o PT pelo PV, mas pouco se mexeu de lá pra cá.

E o incendiário Ciro Gomes, usualmente adversário dele próprio, hoje não passa de um coringa à disposição do presidente.

Fechando o cerco, o PMDB, com fartura de minutos no horário eleitoral gratuito de rádio e tevê, coloca as unhas para fora e arranha.

Fala até em candidato próprio, mas prefere dar tempo ao tempo, engraçando-se, como sempre, aos dois lados, para se aliar, pela conveniência, a quem lhe garanta a permanência no poder.

E até o DEM que jura fidelidade aos tucanos, de quando em vez cria caso, aumentando o tom de voz para ampliar espaços.

Tudo caminha para a polarização – o nós x eles -, no passo e compasso pretendido por Lula, dando a falsa impressão que é possível imprimir uma lógica quase cartesiana às eleições.

Aturdido e temente de fazer oposição a um presidente tão popular, o PSDB navega sem qualquer bússola.

O governador José Serra, há anos primeiríssimo colocado nas pesquisas de opinião, carrega a sina de travar lutas internas duríssimas a cada candidatura.

Há quatro anos foi atropelado pelo ex-governador Geraldo Alckmin, que lhe surrupiou a vez.

E agora teve de se expor ao rival Aécio Neves que, ao que tudo indica, fez que desistiu do jogo para se manter no campo.

Serra, que terá de trocar o quase certo pelo muito duvidoso, tem de lidar ainda com um PSDB que pouco ajuda e muito atrapalha.

A alma tucana é tão atormentada que boa parte das teorias de que o governador paulista vai preferir disputar a reeleição a correr o risco de ser derrotado por uma candidata inventada por Lula é, para deleite do presidente, cultivada no próprio ninho tucano.

Errático, Serra ora aduba esse tipo de intriga, mostrando-se sempre arredio a uma boa briga e engrossando o coro dos que querem lhe colar o selo da covardia, ora insiste no discurso do administrador dedicado que não vai acelerar o fim de seu mandato atual em nome de uma eleição futura.

Em outras, age como o dono da bola e da vez, magnânimo. Em nenhuma das opções, se dá ao luxo de contar àqueles que lhe conferem a liderança nas pesquisas o que pretende para o país.

Enquanto isso, Lula navega em cruzeiro, sem qualquer turbulência. Sedento, mas impossibilitado de ter um terceiro mandato direto, há tempos não pensa em outra coisa a não ser na campanha de sua Dilma.

Vitoriosa ou derrotada, ninguém melhor do que a dama fiel e leal para os planos futuros do presidente. Se perder a culpa será da ministra - dura, antipática, inexperiente.

No máximo, mais um caso nas estatísticas sobre a dificuldade de se transferir popularidade e prestígio.

Se ganhar, todos os méritos serão dele, que continuará dando as cartas, assegurando o emprego de seus asseclas e um retorno mais tranquilo quatro anos depois.

A estratégia pode até ser brilhante, mas o voto não obedece a scripts.

Embora os marqueteiros de sempre insistam em afirmar o contrário, felizmente, até hoje, ninguém conseguiu decifrar a cabeça, o coração e a alma do eleitor, combinação desprovida de qualquer lógica, da qual só esse mesmo eleitor é senhor absoluto.

Corumbá