quinta-feira, 1 de abril de 2010

Lula elogia greves de professores

Enviado por Josias de Souza às 19h17

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Terminou em Brasília a 1ª Conferencia Nacional de Educação. Lula deu as caras. E levou os lábios ao microfone. A certa altura, elogiou a capacidade de mobilização dos professores. Enalteceu algumas modalidades de pressão. Entre elas “as greves”.

Na definição de Lula, as paralisações ajudam o Estado a avançar. Acrescentou: “Governo bom não é aquele que governa dissociado do povo”.

As referências de Lula às greves e aos governantes que se dissociam do povo soaram como frases meticulosamente calculadas. Foram lançadas na atmosfera num instante em que a gestão tucana de José Serra mede forças, em São Paulo, com o sindicalismo do setor educacional.

Em 8 de fevereiro, uma associação que diz representar os professores, a Apeoesp, declarou-se em greve. Pede coisas razoáveis e absurdas.

No rol dos pedidos razoáveis incluiu-se o reajuste de salário. Há quem enxergue exagero no percentual: 34%. Mas pouca gente se anima a desqualificar a pauta.

A lista de reivindicações absurdas inclui a extinção de um sistema que injetou a meritocracia na carreira dos professores. Estipula metas. E prevê a concessão de aumentos salariais aos professores que lograrem atingi-las. Só o apreço à vagabundagem justifica a oposição à idéia.

Mas a pauta de reivindicações não é o que mais chama a atenção. O que salta aos olhos é o formato eleitoral do embrulho.

O sindicalismo escolar foi à jugular de Serra justamente na hora em que a disputa presidencial ganha contornos mais aguçados.

A Apeoesp é filiada à CUT. Preside a associação Izabel Azevedo Noronha, a Bebel. É filiada ao PT. Até aí, nada demais.

O diabo é que Bebel, petista de mostruário, usa assembléias e manifestações supostamente corporativas para fazer campanha anti-Serra.

Fala coisas assim: “Nós estamos aqui para quebrar a espinha dorsal desse partido e desse governador”. Ou assim: “Não será, Serra! Você não será presidente da República. Isso está escrito nas estrelas”.

Quem ouve Bebel se sente tentado a perguntar: Ué, mas os professores não queriam aumento salarial?

Ao defender as greves em timbre genérico, sem os necessários contrapontos, Lula como que se associa à anarquia. No discurso dirigido aos participantes conferência de educação, Lula declarou que, nas últimas três décadas, a profissão de professor foi “judiada e sucateada”.

Certo, muito certo, certíssimo. Tão correto quanto a evidência de que não será por meio da partidarização da engrenagem sindical que se obterá uma reversão do quadro.

Nas entrelinhas do pronunciamento de Brasília, Lula enviou a São Paulo uma mensagem. Foi como se tivesse dito: Vá em frente, companheira Bebel. Dobre a espinha do Serra. Às favas com a Educação!

Corumbá

 

quarta-feira, 31 de março de 2010

Estelionato eleitoral

O governo federal “lançou” o PAC 2. Um conjunto magnífico de obras e investimentos que deverá colocar o Brasil na ponta de lança do desenvolvimento na América do Sul.

Pois é, isso é o que eles vão dizer e no querem que você acredite. O PAC 2 é simplesmente mais um estelionato eleitoral do governo Lula. Para comprovar essa afirmação, nem é preciso efetuar cálculos estatísticos mirabolantes ou fazer investigações sigilosas e intrincadas pelos meandros da máquina governista. Basta ler os próprios relatórios emitidos pela administração federal.

Mesmo hoje, anos depois do lançamento do PAC, o programa não conseguiu transformar em realidade nem 15% das obras previstas e mais da metade sequer saíram do papel. Apesar desses números “magníficos”, mais da metade do orçamento previsto para o programa foi investido e ainda restam saldos a pagar (dívidas) da ordem de 35 bilhões de reais.

Isso é, claro, cuidadosamente escondido da opinião pública e empurrado, com gosto, para a loteria eleitoral que pode deixar uma bomba relógio para a próxima administração (no caso de Dilma perder) ou fazer o Brasil ficar em maus lençóis futuramente (no caso de Dilma ganhar e se mascarar ainda mais o problema).

Assim como FHC maquiou os resultados econômicos para garantir a sua reeleição, Lula faz o mesmo e mascara a enorme dívida que o PAC está deixando. Não satisfeito, lança o PAC 2, mesmo diante dos problemas ainda enfrentados pelo primeiro programa, preferindo correr o risco de lançar o País num caos econômico futuro a refrear sua sanha de poder.

É bom lembrar que, na época de FHC, a “pequena manobra contábil”, levou o País para a beira do precipício e quase decretamos falência. Quem não se lembra da situação crítica de nossa economia ao fim do segundo mandato de FHC? O País estava com as reservas exauridas, os credores batiam ferozmente às nossas portas e os índices de risco estavam nas alturas.

Em nosso País, os políticos não possuem a visão necessária a um estadista. Pensam sempre muito mais em seus próprios planos de poder e em seus umbigos do que no futuro e no desenvolvimento da nação. Infelizmente, para governantes como Lula e tantos outros iguais a ele, um País sempre em perigo constante de um colapso, com pobreza extrema e uma grande massa de sequiosos desassistidos é uma fonte inesgotável de votos e um manancial de popularidade para os que se intitulam “salvadores da pátria” ou “messias reencarnados”.

Muito mais do que preocupação sincera com o desenvolvimento da nação ou com a melhoria das condições de vida do povo, eles querem mesmo é cuidar do desenvolvimento e das melhorias de condições de vida deles mesmos e de seus apadrinhados.

Cabe ao eleitor informar-se melhor e aprender definitivamente a ler nas entrelinhas das campanhas caras e bonitas, do apelo emocional, das metáforas popularescas e, principalmente, da propaganda bancada a peso de ouro.

Mudar, crescer e evoluir só depende de nós.

Corumbá

domingo, 28 de março de 2010

Uma mentirosa competente

Enviado por Giulio Sanmartini em 28/03

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Dilma no dia 12 de novembro de 2009, tentando explicar o inexplicável apagão, com o humor e o grosseirismo, disse a uma repórter: “Você está confundindo uma coisa, minha filha. Uma coisa é blecaute. Nós trabalhamos num sistema de transmissão de milhares de quilômetros de rede. Interrupções desse sistema ninguém promete que não vai ter”, assim, segundo Dilma, o que aconteceu durante o governo Fernando Henrique Cardoso foi apagão, o que aconteceu quando os petistas estavam no poder foi blecaute.

Fato é, que sobre a falta de energia que atingiu 18 estados, Dilma contou todas as mentiras que pode, sobre assunto escrevi um artigo de novembro (leia).

Quando o, digamos, blecaute começou a ficar desconfortável para o governo Lula e seus seguidores, resolveram que a culpa tinha sido de raios que caíram durante uma tempestade magnética e deram o assunto por encerrado.

Mas não estava encerrado, e reaparece num dos piores momentos para o governo, quando este começa a entrar em queda por todas as trapalhadas que Lula conseguiu fazer em pouco mais de um mês.

Agora surge a verdade que veio demonstrar cabalmente que o país é dirigido por um presidente e ministros deslavadamente mentirosos.

Nessa quinta feira (25/3) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) notificou a transmissora e geradora de energia Furnas, do grupo Eletrobrás,  que estava sendo multada em R$ 53,7 milhões pelo apagão que deixou 18 estados sem luz no ano passado.  Em seu relatório, a agência entendeu que a terceira linha de transmissão que caiu no dia 10 de novembro teve problemas por falta de manutenção. Essa linha deveria ter funcionado como um sistema de segurança, evitando que o blecaute se estendesse além da Região Sul do país,  o relatório da Aneel indica ainda  que foram encontrados sinais de ferrugem nesses isoladores, além de outros equipamentos. Outras duas linhas caíram na seqüência, provocando o tal blecaute .

Dilma havia dito  que apagão de  2001, não podia ser comparado com o atual, haja vista que aquele tinha  sido uma “barbeiragem por falta de planejamento”.

Á luz da verdade vê-se que o seu de 2009, não foi uma barbeiragem, mas uma  cagada das grandes por total incompetência dela e de seus seguidores .

Corumbá