Enviado por Josias de Souza - 04/03/2010
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Há coisas que são tão sérias que é impossível não rir delas.
Por exemplo: petistas e tucanos realizam ao redor do Bolsa Família um balé de elefantes.
No início da semana, os tucanos arrancaram da Comissão de Educação do Senado a aprovação de um projeto de Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Prevê o pagamento de benefício extra às famílias cujos filhos sejam capazes de plantar boas notas ao boletim escolar.
Em reação, Lula pediu à oposição que informe de onde virá o dinheiro que vai bancar o novo mimo à clientela do Bolsa Família.
O grão-tucano Tasso se diverte: " O presidente gasta bilhões com a Venezuela, com a Bolívia, Equador e não pode gastar com educação? Esse não é o Lula que conheci".
Para poupar Lula do veto, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), líder do governo no Congresso, muniu-se de um recurso.
Recolheu as assinaturas necessárias para levar o projeto de Tasso ao plenário do Senado, antes de seguir para a Câmara.
Considera "imprescindível” aprofundar o debate. Professora, Ideli tenta revestir seu discurso com verniz pedagógico:
“Como educadora, não acho que seja eficiente o método de responsabilizar a criança pelo aumento da renda da família”.
Espremendo-se o debate tucano-petista, percebe-se que ele é 100% feito de eleição. A criança passa a léguas de distância da preocupação dos dois lados.
Você pode chorar, se quiser. Mas, diante de coisa tão séria, o riso é sempre mais divertido.
Corumbá