terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Pai, perdoai! Eles não sabem o quer dizem...

Enviada por Ricardo Noblat:

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Engraçada certa parcela dos adoradores de Lula - e do PT. Reage a críticas a Lula e ao PT - até aí compreensível. 

Passou a reagir também a críticas a aliados de Lula ou do PT.

Ora, Lula montou uma coligação com 14 ou 16 partidos. Fora PSDB, DEM e PPS, os demais partidos fazem parte da coligação. Nunca antes na história deste país houve uma coligação tão poderosa.

Se você critica partido ou aliado de Lula e do PT, incorre em pecado mortal. Vai para o pelourinho. É execrado. Uma rede de blogs amigos de Lula, de Dilma, do PT começa a difamá-lo.

Na verdade querem suprimir o debate, a crítica livre, elementos essenciais do Estado democrático. E a desculpa é geralmente primária, surrada, tola, mesquinha. Os argumentos são toscos.

"Não estou defendendo Sérgio Cabral", escreveu aqui um leitor. "Defendo Lula e você critica Cabral porque ele apóia Lula". "Por que não diz que Serra estava na Bahia quando a chuva destruiu parte do patrimônio histórico de uma cidade paulista? Por que não diz que ele levou 72 horas para aparecer por lá?"

"E as vigas do Rodoanel que desabaram? Não vai falar nada?"

Um secretário de Cabral vai a Angra e constata: a situação é desesperadora.

Pergunto: tornou-se desesperadora da semana passada para cá? Ou sempre foi e aparentemente ninguém se deu conta?

Estão debochando!

As chuvas do fim de ano mataram 7 pessoas numa cidade paulista. Dá para comparar com a tragédia de Angra?

Cabral estava a 57 quilômetros de Angra onde morreram mais de 50 pessoas. Serra, no interior da Bahia há mais de 2 mil quilômetros de distância.

Ninguém morreu quando desabaram as vigas da Rodoanel. E o governador visitou o local no mesmo dia. Como visitou no mesmo dia o local onde o Airbus da TAM se espatifou.

("Êpa! Olha aí. O cara é mesmo serrista! Assumiu de vez.")

Pai, dê-me paciência!

Por mais que minhas tias velhas tenham me ensinado a ser paciente, há horas em que esqueço o que aprendi. Ou que desejo esquecer.

Corumbá

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