sexta-feira, 1 de abril de 2011

O certo e o errado na saída de Roger da Vale

Enviado por Miriam Leitão – 01/04

Quem ficou 11 anos na direção de uma empresa talvez já tenha cumprido o seu ciclo. A permanência muito prolongada de pessoas no governo, em companhias ou em cargos públicos é ruim, porque cria vícios. Roger Agnelli foi um excelente executivo, tomou algumas decisões controversas, mas fez uma trajetória da Vale estatal para a privada que deixou os investidores contentes.

Os acionistas que fazem parte do bloco de controle têm o direito de pensar em mudar. O governo faz parte desse bloco através do BNDESPar.

Segundo o estatuto da empresa, é preciso contratar uma empresa de heahunter, que oferecerá opções aos acionistas. Eles, então, escolheriam a melhor. Poderia ser uma solução doméstica também.

O que está errado na saída de Roger Agnelli da Vale é a maneira como foi feita. A intervenção do governo foi explícita, à luz do dia, não há dúvida sobre isso. A presidente Dilma disse que nada sabia, quando o ministro da Fazenda estava conversando com o presidente do Bradesco pedindo a cabeça do Roger.

Hoje, a Vale é uma empresa que está sob tutela governamental. O próximo presidente da empresa e a diretoria não ousarão a fazer qualquer coisa que não seja do agrado do governo, porque custa o cargo. Isso é um retrocesso horrível.

Como o governo é um dos participantes, poderia ter proposto e até convencido os outros, através do BNDESpar. O ministro ter ido conversar com o Bradesco foi horrível.

Corumbá

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