domingo, 14 de fevereiro de 2010

Governo não quer depoimento de Dilma

"O governo Lula tenta evitar o depoimento da ministra-candidata Dilma Rousseff, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Ela foi convocada falar sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, aquele que pretende revisar a Lei de Anistia. O Planalto vai argumentar que o assunto não diz respeito à pasta de Dilma."

Claudio Humberto

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O argumento do Planalto é ardiloso, por que: Quando o presidente Lula voltou das férias oficiais, tinha alguns problemas a resolver, o principal era o de cuidar dos estragos causados pelo infeliz decreto sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos, assinado por ele mesmo em 21 de dezembro.

Pelo menos um erro o presidente reconheceu: não se deveria ter incluído no texto a proposta de revogação da Lei da Anistia, de 1979. Melhor deixar o assunto para o Judiciário, porque a lei já fora contestada pela Ordem dos Advogados do Brasil e o Supremo Tribunal Federal deverá julgar a ação neste ano.

Mas o erro foi cometido em várias etapas: Além da de Paulo Vannuchi, houve a da ministra Dilma Rousseff, que não explicou ao presidente o que ele estava assinando, pois ele o fez sem ler o texto.

Houve uma intenção para atenuar essa grave falha, dizendo que tinha lido, mas assinado sem pensar nas consequências, aí não se sabe o que é pior: assinar um decreto sem ler, ou a de assinar mesmo lendo sem ter entendido o que estava fazendo.

Mas tudo leva a crer que o presidente, como se sabe, é avesso a leitura e ao trabalho, portanto é difícil imaginar que ele se tenha dado ao trabalho de ler as 92 páginas do decreto. Mesmo assim isso não o isentaria de responsabilidade.

Dessa forma pode-se ver que a intenção de blindar a ministra não é pelo fato não ser de sua pasta, haja vista que passou a ser no momento que ela teve a participação ativa nos fatos que geraram a crise.

O motivo principal de não querer que a ministra fale na CCJS, é que os militares mostraram não ter medo do passado desde que ele também revele as “violações” cometidas por Dilma, Franklin Martins, Paulo Vanucchi, Tarso Genro e tantos outros que estão ao lado do presidente, hoje, querendo reescrever com ódio e revanchismo a História do Brasil.

Corumbá

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