terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Governo deveria subsidiar serviço de banda larga

Enviado por Valéria Maniero e Miriam Leitão - em 09/02

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Em vez de reativar a Telebrás, o governo deveria subsidiar o serviço de banda larga, na opinião de Juarez Quadros, ex-ministro das Comunicações e sócio da Orion Consultores Associados. Os recursos viriam do conhecido Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, o Fust, numa espécie de bolsa-banda larga.

- O que se faz na Europa, nos Estados Unidos? No lugar de se criar empresa pública, que tem uma série de amarras burocráticas, há subsídio. O Fust arrecada um valor absurdo e não é usado para nada. Por que não utilizá-lo? - pergunta ele.

Segundo o ex-ministro, há demanda reprimida nesse setor, mas não haverá a universalização do serviço com a reativação da estatal.

- A população não terá condições de bancá-la, porque a banda larga é dispendiosa. Esse subsídio permitiria a redução da conta desses consumidores - afirma Quadros, para quem reativar a Telebrás "é um desperdício e pode ser um desastre".

- É uma vontade política, mas teriam de avaliar as consequências disso.

Inicialmente, o Fust seria usado para subsidiar a informatização das escolas, mas isso nunca foi feito, por causa de conflitos no uso do programa operacional, no fim do governo Fernando Henrique Cardoso. Depois, a ideia passou a ser subsidiar a extensão da banda larga, mas também não foi para frente.

O que aconteceu nos últimos oito anos é inexplicável: não fizeram uma coisa nem outra com os recursos do Fust e, agora, pensam em recriar a estatal, uma nova central de gastos. 

Como o Globo mostrou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou a representantes de movimentos sociais que a Telebrás será reativada. A ideia é que a estatal atue principalmente em localidades sem interesse para empresas privadas.

Corumbá

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